Gestão hospitalar em tempos de Covid-19
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  • Foto do escritorLeo Jp

Gestão hospitalar em tempos de Covid-19


Sem precedentes, a pandemia da Covid-19 paralisou o mundo, alterando a rotina e os negócios. A adaptação a este novo cenário é o grande desafio de pessoas, empresas e, principalmente, dos órgãos de saúde, que neste momento lutam para combater a doença, conter a propagação do vírus e desenvolver a cura.

O recorde de atendimentos e ocupação de leitos dos hospitais tem influência na gestão hospitalar, com reflexos na operação (pelo aumento no tempo de espera e de permanência do paciente), no controle de insumos (cada vez mais escassos e com difícil acesso, devido à demanda) e na administração dos recursos humanos (com colaboradores nos grupos de riscos e/ou infectados), além da direção financeira do hospital, impactada diretamente por esta crise.

Reunimos a seguir algumas recomendações de especialistas e do Ministério da Saúde que podem auxiliar os hospitais na missão de atender os pacientes com coronavírus e nortear a necessária mudança na gestão hospitalar, pensando no espaço, nos colaboradores, no atendimento e no controle de suprimentos.

Otimização e gestão inteligente do espaço

  • Estabelecer um espaço externo para as triagens, diminuindo o risco de contaminação dos pacientes e dos profissionais de saúde;

  • Adaptar ambientes livres (como salas de cirurgia e recuperação pós-cirúrgica) em ambientes de terapia intensiva e leitos extras;

  • Avaliar a possibilidade de dar alta a pacientes curados e/ou que possam continuar o tratamento em casa para otimizar a ocupação.

Cuidado e gestão dos colaboradores

  • Organizar rodízios de pessoas e avaliar os casos com possibilidade de trabalho home office (profissionais da assistência e de escritório/administração com o apoio da telemedicina);

  • Criar escalas inteligentes limitando turnos e horários para a demanda de longos períodos de trabalho;

  • Definir as funções e avaliar a possibilidade de atuação multidisciplinar para suprir a redução de pessoal;

  • Capacitar os profissionais para o uso adequado dos EPIs, bem como a paramentação e desparamentação no manuseio de equipamentos e pacientes, contando com a supervisão e orientação de um profissional do hospital;

  • Estabelecer uma comunicação franca para proporcionar mais qualidade de vida e saúde (física e mental) para os colaboradores, garantindo apoio profissional e pessoal.

Atenção no atendimento e na contenção do vírus

  • Priorizar a identificação, o acolhimento e o cuidado de pacientes sintomáticos para oferecer atendimento e tratamento adequados em local isolado, de acordo com a gravidade do caso;

  • Criar diferentes fluxos para evitar o contato de pacientes críticos com os demais pacientes;

  • Agilizar o atendimento de pacientes de baixo risco ou livres de suspeita.

Cadeia de suprimentos inteligente e funcional

  • Avaliar possibilidade de ruptura e estabelecer plano de ação (com fornecedores alternativos e órgãos do governo);

  • Diversificar cadeia ampliando a rede de fornecedores, considerando os regionais;

  • Utilizar Inteligência Artificial para monitorar estoques de insumos e recursos e prever escassez para abastecimento sem comprometer o atendimento e o tratamento dos pacientes.


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