Como funciona a ventilação pulmonar?
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- 3 de abr. de 2019
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Atualizado: 14 de abr.
Entenda o papel da ventilação pulmonar no suporte à vida
A ventilação pulmonar é um recurso essencial em ambientes hospitalares, sendo utilizada para substituir, total ou parcialmente, a ventilação espontânea de pacientes com insuficiência respiratória. Ela pode ser aplicada em situações agudas ou em casos de doenças crônicas agudizadas.
Se antes era restrita a situações de emergência, hoje a ventilação pulmonar mecânica também é adotada de forma preventiva, contribuindo para a estabilidade clínica e facilitando o cuidado intensivo.
Tipos de ventilação pulmonar: invasiva e não invasiva
A ventilação pulmonar pode ser:
Invasiva, quando realizada por meio de tubo endotraqueal ou traqueostomia.
Não invasiva, quando o suporte é feito com máscaras faciais ou prongs nasais.
A escolha entre uma e outra depende do quadro clínico e do nível de suporte respiratório necessário.
As quatro fases do ciclo respiratório na ventilação pulmonar
Durante o uso da ventilação mecânica, o ciclo respiratório se divide em quatro fases:
1. Fase inspiratória
A válvula inspiratória se abre e o ventilador insere o ar nos pulmões, vencendo a resistência e a complacência do sistema respiratório. O fluxo pode ser controlado por volume, pressão, tempo ou fluxo, conforme o modo ventilatório escolhido.
2. Ciclagem
É a transição da inspiração para a expiração. O ventilador encerra a fase inspiratória conforme o critério de ciclagem: por volume, tempo, fluxo ou pressão.
3. Fase expiratória
A válvula expiratória se abre e o ar sai dos pulmões de forma passiva. O tempo dessa fase varia conforme as características das vias aéreas e a mecânica respiratória do paciente.
4. Disparo (trigger)
É o momento de reinício da inspiração. O ventilador detecta a necessidade de um novo ciclo e dispara automaticamente, com base em tempo, pressão ou fluxo.
Modos de ventilação pulmonar
A escolha do modo de ventilação pulmonar depende das condições clínicas, da interação do paciente com o ventilador e dos objetivos do suporte. Conheça os principais:
Ventilação com pressão controlada (PCV)
Mantém uma pressão fixa durante a inspiração, ciclada por tempo. O volume corrente é variável, dependendo da mecânica pulmonar do paciente.
Ventilação controlada a volume (VCV)
Entrega um volume respiratório predefinido, com disparo a tempo, pressão ou fluxo. A pressão nas vias aéreas varia conforme a resistência pulmonar.
Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV)
Permite a combinação de ciclos controlados, assistidos e espontâneos dentro da mesma janela de tempo. Pode ser ajustado para funcionar com controle por pressão ou volume.
Pressão de suporte (PSV)
Fornece uma pressão positiva durante a inspiração, reduzindo o esforço do paciente. O controle da respiração permanece com o próprio paciente.
Pressão contínua nas vias aéreas (CPAP)
Mantém uma pressão positiva constante durante todo o ciclo respiratório, permitindo que o paciente respire de forma espontânea com suporte.
Ventilação pulmonar: tecnologia a serviço da vida
A ventilação pulmonar é um recurso indispensável no suporte à vida, seja em UTIs, salas de emergência ou centros cirúrgicos. Com o avanço da tecnologia, os ventiladores se tornaram mais intuitivos, seguros e precisos, reduzindo riscos e otimizando o tempo da equipe clínica.
Quando se trata de cuidado intensivo, cada segundo conta. Por isso, investir em equipamentos modernos e de fácil usabilidade é essencial para garantir o melhor desfecho possível ao paciente.
Imagem: por ijeab - br.freepik.com