Como funciona a ventilação pulmonar?
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Como funciona a ventilação pulmonar?

Atualizado: 14 de abr.

Entenda o papel da ventilação pulmonar no suporte à vida


A ventilação pulmonar é um recurso essencial em ambientes hospitalares, sendo utilizada para substituir, total ou parcialmente, a ventilação espontânea de pacientes com insuficiência respiratória. Ela pode ser aplicada em situações agudas ou em casos de doenças crônicas agudizadas.

Se antes era restrita a situações de emergência, hoje a ventilação pulmonar mecânica também é adotada de forma preventiva, contribuindo para a estabilidade clínica e facilitando o cuidado intensivo.

Tipos de ventilação pulmonar: invasiva e não invasiva


A ventilação pulmonar pode ser:

  • Invasiva, quando realizada por meio de tubo endotraqueal ou traqueostomia.

  • Não invasiva, quando o suporte é feito com máscaras faciais ou prongs nasais.

A escolha entre uma e outra depende do quadro clínico e do nível de suporte respiratório necessário.


As quatro fases do ciclo respiratório na ventilação pulmonar


Durante o uso da ventilação mecânica, o ciclo respiratório se divide em quatro fases:

1. Fase inspiratória

A válvula inspiratória se abre e o ventilador insere o ar nos pulmões, vencendo a resistência e a complacência do sistema respiratório. O fluxo pode ser controlado por volume, pressão, tempo ou fluxo, conforme o modo ventilatório escolhido.

2. Ciclagem

É a transição da inspiração para a expiração. O ventilador encerra a fase inspiratória conforme o critério de ciclagem: por volume, tempo, fluxo ou pressão.

3. Fase expiratória

A válvula expiratória se abre e o ar sai dos pulmões de forma passiva. O tempo dessa fase varia conforme as características das vias aéreas e a mecânica respiratória do paciente.

4. Disparo (trigger)

É o momento de reinício da inspiração. O ventilador detecta a necessidade de um novo ciclo e dispara automaticamente, com base em tempo, pressão ou fluxo.

Modos de ventilação pulmonar


A escolha do modo de ventilação pulmonar depende das condições clínicas, da interação do paciente com o ventilador e dos objetivos do suporte. Conheça os principais:

Ventilação com pressão controlada (PCV)

Mantém uma pressão fixa durante a inspiração, ciclada por tempo. O volume corrente é variável, dependendo da mecânica pulmonar do paciente.

Ventilação controlada a volume (VCV)

Entrega um volume respiratório predefinido, com disparo a tempo, pressão ou fluxo. A pressão nas vias aéreas varia conforme a resistência pulmonar.

Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV)

Permite a combinação de ciclos controlados, assistidos e espontâneos dentro da mesma janela de tempo. Pode ser ajustado para funcionar com controle por pressão ou volume.

Pressão de suporte (PSV)

Fornece uma pressão positiva durante a inspiração, reduzindo o esforço do paciente. O controle da respiração permanece com o próprio paciente.

Pressão contínua nas vias aéreas (CPAP)

Mantém uma pressão positiva constante durante todo o ciclo respiratório, permitindo que o paciente respire de forma espontânea com suporte.


Ventilação pulmonar: tecnologia a serviço da vida


A ventilação pulmonar é um recurso indispensável no suporte à vida, seja em UTIs, salas de emergência ou centros cirúrgicos. Com o avanço da tecnologia, os ventiladores se tornaram mais intuitivos, seguros e precisos, reduzindo riscos e otimizando o tempo da equipe clínica.

Quando se trata de cuidado intensivo, cada segundo conta. Por isso, investir em equipamentos modernos e de fácil usabilidade é essencial para garantir o melhor desfecho possível ao paciente.

Imagem: por ijeab - br.freepik.com

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