UM NOVO CONCEITO DE VENTILAÇÃO
Antes de nos aprofundarmos no objetivo principal desse texto que é trazer a luz os sistemas de geração de fluxo por ventiladores, abordaremos de maneira passageira o histórico da ventilação mecânica. Nos primórdios da ventilação, lá pelo início da década de 1920, o suporte ventilatório era ofertado por ventiladores geradores de pressão negativa, conhecidos como pulmões de aço (fig1), muito utilizados como parte do tratamento destinado a paralisia respiratória que acomete os pacientes com poliomielite. O seu funcionamento era bem simples: o equipamento despressurizava o seu interior, assim, com a pressão atmosférica maior do que dentro do cilindro, o tórax do paciente expandia e o ar adentrava nas vias aéreas. Por outro lado, para a remoção do ar do sistema respiratório, o equipamento aumentava a pressão no seu interior, com isso, o ar dos pulmões poderia fluir para atmosfera.
Fig 1
Os equipamentos de ventilação eram enormes, ocupavam grandes espaços e eram pouco funcionais.
Do início da ventilação com pressão positiva até os ventiladores microprocessados
A primeira modalidade de ventilação invasiva foi introduzida pelo anestesista Bjorn Ibsen, que após o procedimento de traqueostomia, utilizou um reanimador manual para ventilar um paciente. Com efeito, por meio desta ação inovadora abriu-se um leque de possibilidades; a ventilação invasiva seria o novo paradigma no suporte respiratório de pacientes com insuficiência respiratória. A introdução da ventilação invasiva e manual, foi o procedimento padrão no tratamento da doença na Dinamarca, onde mais de mil estudantes de Medicina e Odontologia foram convocados à época para se revezarem na ventilação dos pacientes. Após a grande epidemia de pólio nos anos 1950, houve um grande salto tecnológico dado com a introdução da ventilação pneumática por pressão positiva (fig 2).
Fig (2)
Fonte: http://fisioterapiaemterapiaintensiva.blogspot.com/2008/12/bird-mark-7-descrio-do-aparelho.html
O lendário Bird Mark 7 foi um divisor de águas no suporte ventilatório aos pacientes críticos. A evolução seguiu em ritmo acelerado, e desembarcamos nos ventiladores microprocessados nos anos 1980. Com o desenvolvimento dos ventiladores microprocessados ampliou-se as modalidades de aplicação do suporte respiratório, e consequentemente, a evolução desses modelos resultou nos ventiladores existentes hoje.
Ventiladores mecânicos geradores de fluxo de ar.
Os equipamentos ventilatórios com capacidade para gerar fluxo de ar, por meio de turbinas ou compressores têm algumas vantagens importantes sobre os equipamentos microprocessados com entradas pneumáticas para oxigênio medicinal e ar comprimido. Primeiro, é importante salientar que esses equipamentos não geram concentrações de oxigênio superiores às encontradas na atmosfera, entretanto, podem ser conectados apenas à rede de O2.
Portanto, o benefício mais óbvio dos ventiladores dotados de turbina ou similares, é a independência que estes proporcionam com relação ao fornecimento de ar comprimido. De acordo com Delgado et al (2017), as turbinas são rotores que aceleram proporcionalmente o fluxo em alta velocidade.
Ainda segundo os autores, vários estudos de bancada usando modelos de pulmão físico foram publicados, essas comparações mostraram que os projetos de ventiladores ao longo dos últimos 20 anos melhoraram significativamente, em termos de sincronização e pressurização (DELGADO ET AL 2017).
De forma didática e simplista, esses dispositivos evoluíram tanto, que devem ser encarados como de excelência para a realização de transporte intra ou extra hospitalar de pacientes sob ventilação, aplicação em hospitais militares de campanha e nas próprias UTIs. Outra vantagem, diz respeito ao melhor desempenho durante a ventilação não invasiva VNI, devido ao pico de fluxo mais elevado, ou seja, esses métodos têm a vantagem de poder gerar o tipo de fluxos elevados que são necessários para a ventilação não invasiva (para compensar o vazamento ao redor das bordas da máscara).
Sistema FlowAir
A tecnologia do sistema FlowAir foi desenvolvida pela Magnamed. A novidade que trazemos com esse sistema permite que os nossos ventiladores pulmonares da família Fleximag Max sejam adaptáveis a qualquer instalação de gás estando habilitados a funcionar com ou sem rede de ar comprimido. As vantagens do sistema FlowAir em comparação com outros sistemas geradores de fluxo (turbinas ou compressores) são o tempo de resposta deste com relação aos seus concorrentes, é um sistema de resposta mais rápida e com menor gasto energético e muito mais silencioso. O FlowAir também conta com um mecanismo de baixo fluxo, ideal para atender os pacientes neonatais de extremo baixo peso.
Notas finais
Os ventiladores mecânicos que são detentores da capacidade de geração de fluxo de ar estão cada vez mais requisitados nas UTIs e no transporte de pacientes em estado crítico, devido a sua versatilidade e pela possibilidade de não necessitarem de fonte de gás (ar comprimido). Entretanto, esses equipamentos eram cercados de dúvidas quanto ao tempo de resposta, durabilidade e segurança no trabalho. O que pôde-se observar com essa breve pesquisa, aponta para a eficiência dessa modalidade de equipamentos. Atenta a necessidade dos seus clientes, a Magnamed logo compreendeu que o futuro da ventilação passa pelo FlowAir.
Por fim, através de anos de pesquisa e desenvolvimento e com muito esforço humano, conseguimos incorporar na família Fleximag Max o sistema FlowAir, que vem nos surpreendendo positivamente, pois, além de possibilitar um tempo de resposta ao esforço do paciente mais rápido, é silencioso, durável, seguro e com consumo inferior aos demais concorrentes.
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