O transporte do paciente neonatal – O que você precisa saber!
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O transporte do paciente neonatal – O que você precisa saber!

Atualizado: 22 de fev. de 2022


Segundo o Manual de Orientações para o Transporte Neonatal do Ministério da Saúde, podemos classificar o transporte neonatal em 2 categorias: transporte intra-hospitalar e transporte inter-hospitalar.

  • Transporte intra-hospitalar é aquele realizado dentro do próprio hospital ou locais anexos. Geralmente este transporte é utilizado para a realização de alguma intervenção cirúrgica ou procedimento diagnóstico;

  • Transporte inter-hospitalar é aquele realizado entre dois hospitais diferentes, geralmente quando o recém-nascido necessita de recursos não disponíveis no hospital de origem. As principais indicações são: prematuridade extrema, anomalias congênitas, convulsões neonatais, asfixia com comprometimento multissistêmico, recém-nascido com cianose ou hipoxemia persistente etc.


A necessidade do transporte pode constituir risco adicional ao recém-nascido, assim, deve ser considerado como uma extensão do cuidado intensivo prestado, sendo assim, possíveis intercorrências decorrentes desse transporte podem agravar condições prévias fisiológicas e/ou clínicas que o bebê já apresenta.

Deve-se ter sempre em mente que o transporte de um recém-nascido em condições inadequadas pode levar a sequelas e, inclusive, ao óbito. Portanto, a preparação adequada, assim como a utilização dos equipamentos corretos e uma equipe treinada, contribui para a redução dos riscos envolvidos.


O que se deve levar para o transporte?

Primeiramente deve ser definido qual a forma do transporte (será feito por via terrestre ou aérea?). Esta escolha depende de vários fatores, inclusive estado clínico do paciente, distância a ser percorrida, condições climáticas, os equipamentos necessários e a disponibilidade no momento.

De acordo com o manual do Ministério da Saúde, ambulâncias são eficazes para o transporte de pacientes instáveis num raio de 50 km e pacientes estáveis num raio de até 160 km; helicópteros podem ser utilizados para o transporte de pacientes graves num raio de 160 a 240 km; enquanto aeronaves são ideias para o transporte de longas distâncias, apesar do seu custo operacional elevado.

Essencialmente, para o transporte ser realizado, é necessário, no mínimo: incubadora de transporte; cilindros de oxigênio recarregáveis; balão autoinflável com reservatório e máscaras; monitor cardíaco; material para intubação, venóclise e drenagem torácica; termômetro, estetoscópio, fitas para o controle da glicemia; bomba perfusora.

Caso o recém-nascido necessite de suporte ventilatório, o ventilador mecânico é o ideal para o transporte do paciente.



Todo o equipamento envolvido no transporte deve ser portátil, durável, leve, de fácil manutenção e estar sempre a disposição caso haja alguma emergência.

Por fim, a Sociedade Brasileira de Pediatria lista 10 etapas para o sucesso do transporte neonatal, entre elas podemos citar:

  • Dispor de equipe de transporte treinada;

  • Preparar equipamentos, materiais e medicações;

  • Estabilizar o recém-nascido antes do transporte;

  • Cuidados durante e ao fim do transporte.


Referências

Manual de Orientações sobre o Transporte Neonatal. Ministério da Saúde. 2010

Pimenta, P., & Alves, V. (2016). O transporte inter-hospitalar do recém-nascido de alto risco: um desafio para a enfermagem. Cogitare Enfermagem, 21(5). doi: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v21i5.45047

TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO DE ALTO RISCO: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria – 2017

Vieira ALP, Guinsburg R, Santos AMN, DE Araújo C, Lora MI, Miyoshi MH. Transporte intra-hospitalar de pacientes internados em UTI Neonatal: fatores de risco para intercorrências / Intra-hospital transport of neonatal intensive care patients: risk factors for complications. Rev. paul. pediatr; 25(3): 240-246, set. 2007.

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