Crescimento de startups de tecnologia em saúde avança no Brasil, mas desafios persistem
- marketing
- 2 de nov. de 2017
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Atualizado: 14 de abr.
Ecossistema de startups ganha força com o crescimento de startups de tecnologia em saúde

O crescimento de startups de tecnologia em saúde tem ganhado destaque nos últimos anos no Brasil, com o aumento significativo de empresas inovadoras no setor. O movimento é impulsionado por tecnologias acessíveis como computação em nuvem e pelo aumento global de investimentos em inovação, principalmente após a crise financeira de 2008.
Segundo Jorge Vargas Neto, presidente-executivo da fintech Biva, o país registrou uma expansão importante nos aportes para startups de tecnologia. “Sentimos isso pelo crescimento expressivo no número de aceleradoras, fundos de investimentos e valores investidos”, afirma.
De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o número de startups no país quase dobrou entre 2012 e 2016. E apenas no estado de São Paulo, a Desenvolve SP investiu R$ 262,9 milhões em 42 empresas de tecnologia.
Investimentos e oportunidades no crescimento de startups de tecnologia em saúde
Empresários destacam que o crescimento de startups de tecnologia em saúde é fortalecido por um mercado consumidor em expansão e pela alta disponibilidade de talentos ainda pouco explorados. Para Eduardo Lins Henrique, da Movile, há uma janela de oportunidade importante, mas o país ainda precisa fortalecer a base do empreendedorismo e da cultura de inovação.
A expectativa de retomada econômica em 2018, com juros baixos e inflação controlada, deve abrir ainda mais espaço para investidores que buscam alternativas mais rentáveis — o que favorece o crescimento do mercado de capitais e, consequentemente, das startups de tecnologia em saúde.
Barreiras ao crescimento de startups de tecnologia em saúde no Brasil
Mesmo com um cenário mais promissor, o ambiente para o crescimento de startups de tecnologia em saúde ainda apresenta obstáculos relevantes. A carga tributária elevada e a falta de incentivos ao investidor-anjo, por exemplo, são apontadas como barreiras que desestimulam o ecossistema de inovação.
“O governo precisa atrair, e não espantar, investidores. O país ainda tem muito a amadurecer nesse sentido”, alerta Henrique. O sistema tributário complexo e a burocracia para movimentar recursos também dificultam a expansão de startups no mercado nacional.
Casos de sucesso que impulsionam o crescimento de startups de tecnologia em saúde
Apesar das dificuldades, o Brasil já conta com histórias inspiradoras no crescimento de startups de tecnologia em saúde. Um bom exemplo é a Magnamed, que desenvolveu o ventilador pulmonar portátil OxyMag. A empresa foi criada em 2005 e viu na exportação uma alternativa ao tempo elevado de aprovação regulatória no Brasil.
“A gente nasceu exportando o produto”, conta Wataru Ueda, sócio fundador da Magnamed. O registro na Anvisa só veio em 2011, e desde então, a empresa passou a incluir o tempo regulatório em seu cronograma de desenvolvimento de novos produtos.
Exportação como alavanca para o crescimento de startups de tecnologia em saúde
A Magnamed é hoje referência no crescimento de startups de tecnologia em saúde que utilizam a exportação como motor de expansão. Com apoio de diferentes fontes de financiamento — de Fapesp e CNPq a fundos como Criatec e Vox Capital — a empresa já exporta para mais de 50 países e se prepara para colher lucros consistentes.
“Já não enxergamos mais os prazos regulatórios como entraves, e sim como parte do processo”, destaca Ueda.
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